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Política

UM ANO APÓS ELEIÇÃO PARA O GOVERNO: João Azevedo admite não falar com Ricardo Coutinho ‘há mais de 30 dias’

“Eu ofereci o pagamento da contrapartida do Governo da Paraíba para que a obra tenha continuidade, são R$ 21 milhões da parte da Paraíba, mas tem outros R$ 38 milhões que são parte de Governo Federal”, disse.

Da Redação do Diamante Online

08/10/2019 às 10:59 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O governador João Azevedo (PSB) destacou na noite desta segunda-feira, 07, o trabalho desenvolvido nestes nove meses de gestão. Em entrevista a TV Arapuan, Azevedo negou que haja boicote do governo Bolsonaro em relação ao eixo Norte da transposição do Rio São Francisco, que será responsável pelo abastecimento de água para o Sertão paraibano.

“Eu ofereci o pagamento da contrapartida do Governo da Paraíba para que a obra tenha continuidade, são R$ 21 milhões da parte da Paraíba, mas tem outros R$ 38 milhões que são parte de Governo Federal”, disse.

João Azevedo disse que os problemas com a transposição, seja na obra no Sertão ou no eixo Leste da obra é de gestão. “De janeiro até setembro não teve um programa apresentado pelo Governo que gerasse emprego, foi priorizada Reforma da Previdência, é uma questão de gestão”, disse.

“Se hoje a Reforma da Previdência teve alguns pontos melhorados é porque desde que foi apresentado aos governadores, houve pontos que foram apresentados pelos governadores que se posicionaram, entretanto, a Reforma não vai resolver o problema, ela não vai resolver o déficit dos estados, por isso discutimos o pacto federativo”, pontuou.

Questionado se já marcou reunião com o presidente Jair Bolsonaro, o Governador disse que não e afirmou que as reuniões com os ministros seja para apresentar projeto, seja para reivindicar algo, como aconteceu em relação ao fornecimento de água do São Francisco para o eixo Leste, tem acontecido. Ele relatou que quando me reuniu com o ministro Gustavo Canuto, do Desenvolvimento Regional, para tratar da interrupção do bombeamento de água para o Eixo Leste, pediu a garantia de que não haveria desabastecimento aos municípios que dependem da água da Transposição.

João Azevedo fez um balanço sobre as ações realizadas por sua gestão e as obras em andamento em todo o Estado, ele negou ser “pai de obras” e afirmou que não acredita que o ex-governador seja pai de alguma obra “o pai da obra é o povo da Paraíba”, ressaltou.

Ele pontuou a redução do número de assassinatos na Paraíba e a evolução na educação (citando a participação dos alunos da rede estadual de ensino no Campus Academy, que foi realizado na semana passada).

Crise no PSB

Em reunião realizada hoje com os secretários de Governo, João Azevedo disse que lhe foi sugerido que fosse feita uma lista de secretários para se desligar do Governo, “mas eu avisei que se um secretário não quiser mais fazer parte da gestão, pode sair a qualquer momento, e se o secretário não tiver compromisso com o Governo, estará fora em 24 horas, só quem tem mandato somos eu e Lígia e alguns diretores de agencias reguladoras”, reafirmou.

Azevedo respondeu à deputada Estela Bezerra, que teria afirmado que o PSB precisa ser “depurado”. O Governador disse que o partido passará por uma “autorreforma” e discordou do uso do termo depurar alegando que foi mal aplicado “essa palavra me soa nazista porque depurar é tirar impureza e não é isso que será feito”, explicou.

Ele reafirmou que ajudou a construir o projeto liderado por Ricardo Coutinho e disse que só continuará no PSB se estiver confortável com isso, “se não estiver, eu sairei”, disse.

Relação com Ricardo Coutinho

Questionado se há possibilidade de reatar com o ex-governador Ricardo Coutinho, Azevedo disse que quando se posicionou contrário à forma como Edvaldo Rosas foi retirado da direção do partido, “da pressão que foi feita em cima de algumas pessoas para assinarem uma lista de dissolução do partido, não concordo com a posição da direção nacional, disseram que havia uma lista com 35 nomes e quando apareceu só tinha 27 nomes, inclusive de pessoas que disseram não concordar com aquilo e que pediram para retirar o nome e não tiveram”, disse.

João admitiu que faz mais de 30 dias que falou com Coutinho e afirmou que nunca foi contra Ricardo Coutinho assumir a presidência estadual da legenda, ele repetiu que é contra a forma.

O Governador disse ainda que “hoje é muito difícil confiar no presidente Carlos Siqueira”, disse. Ele afirmou que confiança é algo que se constrói com o tempo e é muito difícil retomar.

“Existe um ciclo que precisa ser fechado, a comissão provisória vai reunir o partido e decidir e até lá temos tempo”, pontuou.

Sobre as eleições 2020, João Azevedo disse que segue achando o nome de Ricardo Coutinho o melhor nome para a Prefeitura de João Pessoa e afirmou que a partir da decisão de Ricardo é que os demais partidos vão se organizar sobre lançar, ou não, candidatos próprios.

Relação com o Governo Federal

O governador João Azevedo disse que não vai aceitar “patrulhamento ideológico” e ressaltou que vai seguir conversando com o Governo Federal e com parlamentares de todas as bancadas. “Vou conversar com os ministros e com o Governo Federal porque busco o melhor para a Paraíba”, disse.

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