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Saúde

Mortes por coronavírus podem dobrar em 20 dias sem medidas de contenção

Números de casos pode chegar a cerca de 400 mil até 5 de junho.

Da Redação do Diamante Online

10/05/2020 às 15:25 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Setenta e quatro dias depois da confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, o país chegou ao domingo com mais de 10 mil mortos pela doença. Em média, 185 pessoas perderam a vida por dia desde que o primeiro óbito foi registrado no país, em 17 de março. Simulações feitas por um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) voltado para identificar quando o país atingirá o pico de infecções apontam que o número de mortes poderá dobrar nos próximos 20 dias e o de infectados alcançar cerca de 400 mil até o dia 5 de junho, caso não sejam tomadas medidas de contenção da transmissão do vírus.

O cálculo da estimativa é do estatístico Carlos Alberto Bragança Pereira, especialista na área de aplicações médicas e biológicas, do grupo da USP, que também inclui professores da Faculdade de Economia e Administração (FEA) e da Faculdade de Saúde Pública. Coordenados pelo diretor do Instituto de Matemática e Estatística da USP, Junior Barreira, eles se debruçam sobre os números da pandemia na tentativa de identificar quando o país atingirá o pico de infecções, a partir do qual as curvas de casos e óbitos entrarão em declínio, sinalizando para um possível afrouxamento das regras de isolamento social.

Pereira, que também é professor visitante da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), utiliza um modelo de cálculo de análise de sobrevivência, batizado de Weibull, que leva em conta o número de infecções e, nos casos em que há mortes, o período de sobrevida ao vírus.

É como um painel de lâmpadas acesas, explica ele. A observação começa quando a lâmpada falha (no caso, quando o indivíduo contrai a infecção). Os parâmetros de análise são os números oficiais de infectados e de mortos no país, que mudam diariamente. Com base neles, o cenário futuro é desenhado diariamente.

O Globo

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