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Saúde

Memorial faz homenagem a mais de 300 médicos vítimas da Covid-19 no Brasil

O memorial entrou no ar no site do CFM nesta terça-feira (27)

Da Redação do Diamante Online

28/10/2020 às 13:27 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Formada em 2018, a médica Paloma Alves dos Santos, 27, trabalhava na linha de frente no combate à Covid-19 em Nanuque, no Vale do Mucuri, Minas Gerais. Era considerada uma profissional dedicada e competente.

Paloma foi infectada pelo coronavírus e morreu no dia 13 de agosto, após duas semanas internada na UTI. A morte provocou dezenas de manifestações de profissionais de saúde e moradores da cidade onde ela trabalhava.

A jovem agora é uma das profissionais homenageadas pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), que acaba de criar um memorial virtual para lembrar as histórias dos médicos vítimas da Covid-19 durante a pandemia.

O memorial entrou no ar no site do CFM nesta terça-feira (27) com os nomes, as datas de nascimento e de morte, fotos e um resumo das histórias de 375 médicos que morreram em atuação desde o início da pandemia.

Ao mesmo tempo em que faz a homenagem, o memorial tem o objetivo de dimensionar as perdas causadas pela doença na medicina.

Um mapa mostra as mortes em cada estado e é possível pesquisar informações por gênero, mês e região. As informações foram reunidas a partir de fontes como os CRMs (Conselhos Regionais de Medicina), sociedades de especialidades, sindicatos médicos, secretarias de saúde e veículos de comunicação.

A plataforma possui também galeria de fotos com cenas da rotina de profissionais, espaço para recados e um vídeo em que o ator Tony Ramos, pai de um médico, fala sobre a dedicação dos profissionais aos pacientes.

A dedicação mencionada pelo ator na homenagem foi declarada pelo médico Lucas Pires Augusto, 32, no dia 27 de julho, pouco antes de ser encaminhado para a UTI em Maringá, no norte do Paraná.

"Peguei essa doença fazendo o que amo, cuidando dos meus pacientes com amor e dedicação. Faria tudo outra vez", escreveu nas redes sociais. Ele morreu 12 dias depois.

Durante sua residência em neurocirurgia na USP de Ribeirão Preto, Lucas fez parte da equipe responsável pela cirurgia de separação das gêmeas siamesas Maria Ysabelle e Maria Ysadora, que nasceram unidas pelas cabeças, em 2018.

Ele foi o segundo da equipe a morrer pela Covid-19. O primeiro foi o médico norte-americano James Goodrich, em março.

ClickPB

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