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Sertão

Ministro da Educação descarta criação de Instituto Federal no Sertão da PB

A construção não foi inserida no plano de expansão de universidades.

Da Redação do Diamante Online

21/10/2021 às 19:48 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou na Câmara dos Deputados nessa quarta-feira (20) a criação de cinco universidades federais no País e seis Institutos Federais de Ensino Superior (Ifes). A construção de um IF no Sertão da Paraíba, no entanto, não foi inserida no plano de expansão.

“Fomos surpreendidos dos próprios reitores de reduzirem a quantidade, sobre justificativas não convence, reduzir de 10 para seis por não atenderem aos interesses pessoas deles. Tem reitor já querendo continuar reitor”, disse o deputado federal Wilson Santiago.

A ideia inicial do MEC era criar dez Ifes, mas, após consulta aos atuais reitores, foi confirmada a criação de apenas seis. Segundo o ministro, não foi imposta aos reitores uma decisão.

“É muito ingrato e injusto uma decisão dessa ser atropelada no caminho depois de um trabalho feito durante cinco anos. Há cinco anos que se luta”, disse Wilson Santiago. Ele afirmou que irá trabalhar para retornar os 10 institutos, já que o projeto para a unidade no Sertão paraibano atende aos critérios técnicos e existe orçamento disponível.

A criação dos Ifes se dará por meio de desmembramento de campi já existentes, com a nomeação de novos reitores, mas sem a contratação de novos professores. Conforme o ministro, o desmembramento vai potencializar a interiorização do ensino e democratizar o acesso ao ensino. O custo total será de R$ 75 milhões.

“Em um momento que se precisa interiorizar o ensino qualificado, para que gere emprego, renda, melhor qualidade de vida e dar melhores condições de vida à população”, afirmou o parlamentar paraibano.

Ao prestar contas na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, o ministro atribuiu o sucateamento de instituições de ensino superior brasileiras a governos anteriores e a problemas de gestão nas entidades. “O grande problema da educação no Brasil não é o recurso, mas a gestão. Quando um educador leva a sério a gestão e o uso dos recursos públicos, os resultados aparecem”, disse.

O presidente da comissão, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), criticou a iniciativa e a falta de prioridade do atual governo para a educação. “Os cortes de orçamentos das instituições federais da nossa educação pública só têm crescido a cada ano, o que atinge diretamente a estrutura física dos prédios, há falta de recursos para os laboratórios e bolsas para os nossos pesquisadores. Por que não melhorar o que precisa melhorado? Por que não colocar para funcionar o que já existe?”, questionou.

Ribeiro, no entanto, disse que os cortes no orçamento não são de sua responsabilidade e que não tem disponíveis os mesmos valores que antigos ministros tiveram para as universidades e institutos federais.

Ele afirmou que tem R$ 19 bilhões de verba discricionária para as instituições, valor que já chegou a R$ 40 bilhões no passado, e informou que pediu, para o próximo ano, aumento de verba discricionária de 17% para as universidades federais e de 20% para os Ifes.

O ministro pediu ainda que o Congresso aprove proposta para conferir mais liberdade para as universidades receberem recursos privados.

Além de dois novos Ifes no Paraná, outros dois serão criados em São Paulo, um em Goiás e um será resultado da integração do Instituto Benjamin Constant com um instituto federal no Rio de Janeiro.

Já as novas universidades federais serão: a Universidade Federal do Sudeste e do Sudoeste do Piauí, a da Amazônia Maranhense, a do Norte Mato-Grossense, a do Vale do Itapermirim, e a do Alto Solimões.

Câmara dos Deputados

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