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Vale do Piancó

Chuvas voltam a cair no Vale do Piancó renovando esperança de inverno promissor

É importante ressaltar que o semiárido nordestino tem como característica a alta variabilidade espacial e temporal dos índices pluviométricos

Da Redação do Diamante Online

19/01/2016 às 08:58 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

As chuvas continuam caindo desde o início do ano, na microrregião do Vale do Piancó, renovando as esperanças dos sertanejos para um inverno promissor, já que nos últimos anos, a Seca tem causado grande impacto ambiental nesta região.

A noite desta segunda-feira (18), foi chuvosa em toda a área valepiancoense, e a previsão para o trimestre é de mais chuvas para todo o sertão. Já se vê a vegetação verde e pequenos açudes cheios.

Aesa divulga previsão para o trimestre

A Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, através da Gerência de Monitoramento e Hidrometria, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, em conjunto com a Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande, realizaram, no dia 15 de janeiro de 2016, a I REUNIÃO TÉCNICA DE ANÁLISE E PREVISÃO CLIMÁTICA PARA O SETOR NORTE DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL, PARA O PERÍODO DE FEVEREIRO a ABRIL de 2016. Para tal, foram analisadas as condições regionais da pluviometria e globais dos oceanos e da atmosfera, bem como os resultados de modelos numéricos de previsão sazonal. A reunião contou com a palestra de meteorologistas da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, da Agência Pernambucana de Águas e Clima, da Empresa de Pesquisas Agropecuária do Rio Grande do Norte e da Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande.

CONDIÇÕES OCEÂNICAS E ATMOSFÉRICAS GLOBAIS

As atuais configurações oceânicas e atmosféricas globais indicam a persistência do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) de intensidade moderada na região do oceano Pacífico equatorial. No entanto, os resultados das análises climáticas indicam um gradativo enfraquecimento deste fenômeno a partir do mês de março de 2016.

Por outro lado, o oceano Atlântico também se apresenta como um importante condicionante da variabilidade climática no semiárido nordestino, em particular do estado da Paraíba. Atualmente, as condições demonstram uma tendência de favorecimento à ocorrência de chuvas no decorrer dos próximos meses. Porém, tal situação implica num contínuo monitoramento, tendo em vista à grande variabilidade com que se comporta este oceano.

TENDÊNCIA CLIMÁTICA PARA O TRIMESTRE DE FEVEREIRO A ABRIL

Grande parte dos modelos oceânicos e atmosféricos, assim como os modelos acoplados oceano-atmosfera de instituições nacionais e internacionais indicam tendência de chuvas variando entre normais a abaixo da normal sobre o setor norte do Nordeste Brasileiro.

Vale salientar que a evolução atual dos campos atmosféricos e oceânicos apresenta uma tendência favorável a melhoria da qualidade do período chuvoso a partir do mês de março. Ressalta-se que essa tendência dependerá de como se comportarão as condições térmicas nos oceanos Atlântico e Pacífico.

CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE O PROGNÓSTICO

É importante ressaltar que o semiárido nordestino tem como característica a alta variabilidade espacial e temporal dos índices pluviométricos. Com isto, a ocorrência das chuvas ficará altamente dependente da formação de fenômenos meteorológicos transientes, os quais poderão influenciar quantitativamente na ocorrência das chuvas. Sendo assim, é de fundamental importância, o monitoramento contínuo das condições oceânicas e atmosféricas globais.

Diamante Online

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