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Brasil

Nova fase da operação Lava Jato mira cúpula do PMDB

Estão entre os alvos o ex-presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) Lindolfo Sales, que foi chefe de gabinete de Garibaldi

Da Redação do Diamante Online

29/04/2017 às 16:43 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

A Operação Satélites 2, deflagrada nesta sexta-feira, 28, pela Polícia Federal, também cumpriu mandados de busca e apreensão contra pessoas ligadas aos senadores peemedebistas Garibaldi Alves Filho (RN) e Romero Jucá (RR), além do ex-presidente José Sarney (AP).

Os alvos da operação, autorizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), são suspeitos de operacionalizar o recebimento de propinas provenientes da Transpetro, subsidiária da Petrobrás, por integrantes da cúpula do PMDB. As medidas foram autorizadas pelo ministro Edson Fachin, a partir das informações prestadas em delação premiada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Ele alega ter obtido R$ 100 milhões para o partido quando comandava a companhia.

Estão entre os alvos o ex-presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) Lindolfo Sales, que foi chefe de gabinete de Garibaldi; o ex-assessor de Sarney Amauri Cezar Piccolo; e uma ex-assesora de Jucá. Conforme noticiou o Estado, também foi cumprido mandado em endereço de Bruno Mendes, advogado ligado ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Outro alvo de busca é o ex-senador José Almeida Lima (PMDB), atual secretário de Estado de Saúde de Sergipe.

Segundo Sérgio Machado, os líderes do PMDB recebiam recursos desviados da Transpetro. Ele relatou, por exemplo, que Sarney foi beneficiado com pagamentos entre 2006 e 2014. As propinas teriam sido pagas por meio de doações oficiais e em espécie.

No caso de Garibaldi, ele declarou que, em épocas de eleição, o peemedebista sempre o procurava solicitando dinheiro. O último encontro, de acordo com ele, se deu em 2014, quando o senador era ministro da Previdência. Machado diz ter viabilizado R$ 700 mil para o congressista por meio de contribuições de empreiteiras que tinham contratos com a Transpetro.

Conforme fonte da investigação, também houve mandado de busca e apreensão em endereço do ex-presidente da petroquímica Triunfo, Caio Gorentzvaig. Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), ele disse que foi ameaçado pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa para vender a empresa à Petroquisa, subsidiária da Petrobrás. O esquema beneficiaria a Braskem, da Odebrecht, que mais adiante incorporou a Triunfo.

Assessoria

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