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Brasil

Luciano Hang e outros empresários são alvos da PF contra fake news

As ordens foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito.

Da Redação do Diamante Online

27/05/2020 às 14:37 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (27), 29 mandados de busca e apreensão no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura produção de notícias falsas e ameaças à Corte. O ex-deputado federal Roberto Jefferson, o empresário Luciano Hang, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), blogueiro Allan dos Santos, o humorista Rey Biannchi e youtuber Sara Winter são alvos dos mandados.

As buscas com relação a Jefferson e Hang foram realizadas nas casas deles, no Rio de Janeiro e em Santa Catarina, respectivamente.

No caso de Garcia, as buscas foram realizadas no gabinete, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde computadores foram apreendidos.

As buscas sobre Allan dos Santos ocorreram na casa dele, em uma área nobre de Brasília.

Em vídeo gravado pelo próprio humorista, ele mostra que os agentes federais estiveram na casa dele às 6h18, mostra o mandado judicial e a mulher dele chorando.

"Eu vou processar o STF. O inquérito para mim, humorista?[...] Vou mandar esse vídeo para todo mundo. A Bia Kicis, deputada federal, lá em Brasília, vou mandar para Carlos Bolsonaro. Eu não tenho medo de nada, não. Eu pago meus impostos", afirmou. "Eu não devo nada a ninguém", disse.

A ativista e ex-candidata a deputada federal, Sara Winter, também é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão. Nas últimas semanas, ela apareceu nas redes sociais convocando pessoas para participar do "acampamento dos 300" e receber treinamento paramilitar.

Ao todo, a operação tem 29 mandados de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito.

Além de Rio de Janeiro e Brasília, há mandados para ser cumpridos também nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.

Delegados mantidos

Em 24 de abril, dois dias depois de Bolsonaro trocar o diretor-geral da PF, Moraes determinou que os delegados responsáveis pelo inquérito fossem mantidos, mesmo com as mudanças na chefia da corporação.

Na prática, a decisão de Moraes tinha o objetivo de blindar as investigações contra interferências.

O inquérito foi aberto em março de 2019 e terminaria em junho deste ano, mas pode ser prorrogado.

As investigação já identificaram ao menos 12 perfis em redes sociais que atuam na disseminação de informações, de forma padronizada, contra ministros do tribunal.

Isso significa, por exemplo, que esses perfis encaminham o mesmo tipo de mensagem, da mesma forma, na mesma periodicidade. Técnicos cruzam informações para tentar localizar financiadores desses perfis.

G1.

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