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Pedido do FBI para destravar iPhone "nunca deveria ter surgido", diz Apple

A negativa da empresa em colaborar com as investigações da polícia federal norte-americana motivou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos a entrar com uma ação judicial.

Da Redação do Diamante Online

29/03/2016 às 16:19 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Após o FBI ter conseguido desbloquear o iPhone de um dos terroristas dos ataques, a Apple, que não ajudou e estava disposta a travar uma briga na Justiça para não ter de violar um de seus produtos, informou nesta segunda-feira (28) que o “caso nunca deveria ter surgido”.

A negativa da empresa em colaborar com as investigações da polícia federal norte-americana motivou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos a entrar com uma ação judicial. Com o êxito do FBI, o processo foi encerrado.

De acordo com o jornal "Washington Post", os promotores do caso escreveram que os investigadores "acessaram os dados contidos" no aparelho de um dos atiradores e não precisavam mais da ajuda da Apple.

Depois de a notícia ser divulgada, a Apple divulgou um comunicado sobre a questão. "Desde o começo, nós contestamos a demanda do FBI para que a Apple construísse uma ‘porta dos fundos’ no iPhone porque nós acreditamos que era errado e que isso iria abrir um precedente perigoso. Como resultado da desistência do governo, nenhuma dessas coisas ocorreu. O caso nunca deveria ter surgido", afirma a empresa.

Na última segunda-feira (21) a Justiça dos EUA já havia aceitado anular uma audiência com a Apple a pedido do governo após o Departamento de Justiça afirmar que havia encontrado um método para desbloquear o smartphone.

O ataque

No início de dezembro de 2015, pessoas armadas entraram num edifício em San Bernardino, na Califórnia, e mataram 14 pessoas e deixando outros 17 feridos. O tiroteio ocorreu no Inland Regional Center, uma instituição que atende "pessoas com deficiências de desenvolvimento".

Desde então, a Apple se negava a desbloquear o iPhone encontrado na casa de Syed Farook e Tashfeen Malik, o casal responsável pelo ataque, alegando que estabeleceria um precedente muito perigoso na proteção de dados dos usuários.

Leia abaixo o comunicado da Apple na íntegra:

Desde o começo, nós contestamos a demanda do FBI para que a Apple construísse uma ‘porta dos fundos’ no iPhone porque nós acreditamos que era errado e que isso iria abrir um precedente perigoso. Como resultado da desistência do governo, nenhuma dessas coisas ocorreu. O caso nunca deveria ter surgido.

Nós continuamos a ajudar os agentes da lei com suas investigações, assim como temos feitos, e nós continuaremos a aumentar a segurança de nossos produtos ao passo que ameaças e ataques aos nossos dados se tornaram mais frequentes e sofisticados.

A Apple acredita profundamente que as pessoas nos Estados Unidos e em todo o mundo merecem proteção de seus dados, segurança e privacidade. Sacrificar uma pela outra apenas coloca pessoas e países em risco.

Esse caso levantou questões que merecem um diálogo nacional sobre nossas liberdades civis e nossas segurança e privacidade coletivas. A Apple continua comprometida a participar dessa discussão.

G1

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