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Brasil

Acusados de matar jovem com mangueira de ar comprimido introduzida no ânus vão a júri

Wesner Moreira da Silva morreu aos 17 anos após ficar 11 dias internado.

Da Redação do Diamante Online

13/02/2023 às 17:45 | Atualizado em 14/02/2025 às 18:42

Wesner morreu após ter ficado 11 dias internado na Santa Casa — Foto: Reprodução/ TV Morena

Willian Enrique Larrea, de 36 anos, e Thiago Giovanni Demarco Sena, de 26 anos, vão a júri cinco anos após a morte de Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, em Campo Grande. A Justiça de Mato Grosso do Sul marcou o julgamento dos dois acusados para 30 de março deste ano.

Thiago, dono do lava a jato, e Wilian, funcionário do estabelecimento na época, serão submetidos a julgamento a partir das 0h no Plenário Franciso Giordano Neto, no fórum de Campo Grande, em 30 de março deste ano.

Suspeitos de agredir adolescente com mangueira em lava a jato de MS — Foto: Reprodução/ TV Morena

Wesner morreu após perder parte do intestino ao ter uma mangueira de ar-comprimido de lava-jato introduzida no ânus.

Crime foi em lava jato da capital de MS — Foto: Flávia Galdiole/ TV Morena

A agressão aconteceu em 3 de fevereiro de 2017. Wesner ficou 11 dias internado, e chegou a gravar um vídeo agradecendo as orações. Além do ferimento no intestino, o rapaz tinha uma lesão no esôfago e sofreu hemorragia, morrendo em decorrência de uma parada cardíaca.

O pedido de prisão dos suspeitos foi feito pelo delegado Paulo Sérgio Lauretto, à época na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) no dia da morte do rapaz, quando saiu o laudo confirmando a lesão corporal grave. Três dias depois, a Justiça negou o pedido de prisão dos suspeitos.

O dono do lava-jato, Thiago Demarco Sena, de 26 anos, e o funcionário Willian Henrique Larrea, de 30, suspeitos de violentar Wesner, nunca foram presos. De acordo com a defesa, o argumento é de que o crime teria sido "uma brincadeira":

Antes de morrer, o garoto negou que a agressão tenha sido uma brincadeira. De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em 2019, havia um impasse em torno da questão se houve ou não intenção de matar.

g1 MS

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