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Brasil

Jogador do Bragantino tem alta hospitalar e vai para casa após "quase morte"

Pedro Severino, de 19 anos, ficou internado por 96 dias devido a acidente de carro.

Por Redação

12/06/2025 às 19:12 | Atualizado em 12/06/2025 às 19:13

(Foto: Instagram / Pedro Severino)

O jogador do Bragantino Pedro Severino, de 19 anos, recebeu alta hospitalar na manhã da última terça-feira (10). O jovem sofreu um acidente de carro no mês de março e teve processo de morte encefálica iniciado. A informação da alta foi confirmada pelo Hospital Unimed Ribeirão Preto, onde Pedro Severino ficou internado por 96 dias.

De acordo com uma publicação feita nas redes sociais pelo pai do atleta, Lucas Lúcia Severino, em conjunto com o Hospital Unimed, o jovem já tinha voltado a se movimentar, realizava exercícios de locomoção com auxílio de fisioterapeutas, se alimentava normalmente e havia iniciado a comunicação verbal.

“Depois de muita angústia, muito choro, porém muitas surpresas e muitas alegrias, o Pedro está vivo e viverá!”, escreveu o pai há cerca de 10 dias.

Entenda o caso

Pedro Severino e o colega de equipe Pedro Castro, de 18 anos, retornavam de um período de folga quando o carro em que estavam colidiu com uma carreta. O veículo era conduzido por um motorista particular.

Severino foi levado em estado crítico ao Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana (SP), com grave trauma craniano e inconsciente. Em 5 de março, o hospital chegou a iniciar o protocolo de morte encefálica, mas o procedimento foi interrompido após o jogador apresentar reflexo de tosse.

Não houve morte cerebral decretada

Em entrevista à CNN, o neurocirurgião Guilherme Lepski, do Hospital das Clínicas e Instituto de Neurocirurgia de São Paulo, explicou que o caso não é incomum justamente por conta dos protocolos adotados para declarar a morte cerebral. A equipe médica precisa respeitar uma série de procedimentos para garantir que não há mesmo atividade cerebral antes de decretar o quatro.

“Está errado falar que a morte encefálica foi declarada e depois revertida. Isso é uma desinformação grave, que pode levar a população a interpretar que morte encefálica é uma coisa reversível, não é absolutamente o caso”, afirma Lepski. “No caso dele não houve o diagnóstico de morte encefálica. A prova clínica foi interrompida porque ele tossiu.”

O neurologista William Rezende explica que o tronco encefálico é justamente a parcela do cérebro responsável pela tosse, sintoma apresentado pelo jogador do Bragantino que fez com que a equipe médica interrompesse o protocolo de morto cerebral.

CNN Brasil

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