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"Bateria eterna": cientistas revelam dispositivo feito de diamante que promete energia por 5.700 anos
Um dos exemplos de uso citados pelos cientistas para essas baterias seria a eliminação da necessidade de substituições frequentes em dispositivos como marcapassos.
Por Redação
02/02/2025 às 17:42 | Atualizado em 02/02/2025 às 17:43
Há anos a duração das pequenas baterias que equipam os produtos eletrônicos se tornou um gargalo para o desenvolvimento da indústria. Além da demora para saltos tecnológicos, os consumidores sentem na pele os problemas provocados pela falta de bateria nos piores momentos. Para mudar esse cenário, pesquisadores anunciaram o desenvolvimento da primeira bateria feita de carbono-14 encapsulado em diamante.
Segundo o grupo de cientistas, essa tecnologia seria capaz de substituir as tradicionais baterias feitas com íons de lítio. A consequência, desejada por todos, é uma vida útil de até milhares de anos. A equipe envolvida no projeto se refere à mais nova criação como “bateria eterna”.
Embora o termo "nuclear" suscite muitas preocupações, o grupo britânico explica que a bateria de diamante é na verdade um híbrido entre bateria e gerador. O equipamento funciona usando a decomposição radioativa do carbono-14, que tem uma meia-vida de 5.700 anos, gerando níveis baixos de energia.
"Baterias de diamante oferecem uma maneira segura e sustentável de fornecer níveis contínuos de microwatts de energia. Elas são uma tecnologia emergente que usa um diamante industrial para encapsular com segurança pequenas quantidades de carbono-14," afirma Sarah Clark, da Autoridade de Energia Atômica do Reino Unido (UKAEA).
O conceito de carbono-14 encapsulado em diamantes está relacionado a uma técnica em que o carbono-14, que seria normalmente instável e radioativo, é incorporado em uma estrutura de diamante. O diamante é uma forma cristalina do carbono que é extremamente estável e resistente a mudanças químicas ou físicas.
Quando o carbono-14 é encapsulado dessa forma, ele fica protegido da degradação e da interação com o ambiente externo, aumentando sua durabilidade. Essa tecnologia tem potencial para ser usada em diferentes aplicações, incluindo marcações de rastreamento e datação de materiais em escalas de tempo muito longas, já que o diamante pode manter a estabilidade do carbono-14 por bilhões de anos sem sofrer mudanças significativas.
Um dos exemplos de uso citados pelos cientistas para essas baterias que oferecem uma autonomia extraordinária seria a eliminação da necessidade de substituições frequentes em dispositivos como marcapassos. Essa característica promete aumentar a segurança e a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo os riscos e os custos de procedimentos de troca de bateria.
“Nossa tecnologia de microenergia pode atender a uma ampla gama de aplicações importantes, desde tecnologias espaciais e dispositivos de segurança até implantes médicos. Estamos empolgados em explorar todas essas possibilidades, trabalhando com parceiros da indústria e da pesquisa nos próximos anos”, disse Tom Scott, especialista em Materiais da Universidade de Bristol.
Além disso, a tecnologia de baterias de diamante se apresenta como uma alternativa atraente para missões espaciais. Esses dispositivos são capazes de fornecer energia de forma eficiente e duradoura, mesmo em condições extremas do espaço. Com essas características, as baterias de diamante podem manter sistemas e instrumentos em satélites e naves espaciais operando por longos períodos, sem necessidade de manutenção.
O Globo
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