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Comitiva brasileira rebate Itamaraty após resgate em Israel
No texto, a comitiva critica o tom adotado pelo Itamaraty em meio à operação de retirada dos brasileiros.
Por Redação
17/06/2025 às 15:00

Comitiva brasileira rebate Itamaraty após resgate em Israel (Foto: Reprodução/ Redes Sociais (@alvarodamiao))
Autoridades brasileiras que integravam uma missão oficial em Israel, resgatadas nesta terça-feira (17), divulgaram um comunicado rebatendo o Ministério das Relações Exteriores. A nota, assinada por prefeitos, vice-prefeitos e integrantes da comitiva, contesta a versão do Itamaraty, que afirmou não ter sido informado sobre a viagem e citou orientações contrárias emitidas ainda em 2023.
De acordo com os integrantes da missão, o próprio corpo diplomático brasileiro em Tel Aviv confirmou, em reunião no último sábado (14), que havia sido previamente comunicado sobre a ida da delegação, inclusive com detalhes da agenda e dos participantes. Para os representantes, a ausência de qualquer recomendação formal ou impedimento por parte do governo brasileiro levanta questionamentos.
No texto, a comitiva também critica o tom adotado pelo Itamaraty em meio à operação de retirada dos brasileiros, classificando a postura como uma reprimenda, em vez de apoio institucional. Os integrantes reforçaram que a missão teve caráter oficial, com finalidade pública, conduzida dentro dos princípios republicanos.
Ainda no Oriente Médio, o grupo, que inclui o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, e o deputado federal Mersinho Lucena, está em rota de retorno ao Brasil. A aeronave realiza escalas na Arábia Saudita e em Cabo Verde antes de chegar à Paraíba.
Veja a íntegra da nota:
Delegação Brasileira em Missão Oficial a Israel
Nós, prefeitos, vice-prefeitos e demais autoridades públicas que integram a delegação brasileira em missão oficial a Israel, vimos a público manifestar nosso profundo desacordo e surpresa com a NOTA À IMPRENSA Nº 269 do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty). A referida nota afirma que o governo brasileiro não tinha conhecimento da missão e que esta teria ocorrido em desacordo com recomendações consulares emitidas em 2023.
Tal declaração contradiz frontalmente o que foi afirmado à própria delegação em reunião online com a representação diplomática brasileira em Tel Aviv, realizada no último sábado, 14 de junho. Nessa ocasião, os diplomatas confirmaram ter sido devidamente informados, com antecedência, sobre a missão, particularmente no que diz respeito à segunda comitiva de prefeitos e a um governador, informação esta repassada pelo consórcio de municípios organizador da viagem. Se a representação diplomática foi previamente avisada, como reconheceram seus próprios representantes, questionamos a ausência de qualquer advertência formal ou impedimento à realização da missão.
Causa-nos ainda maior estranhamento o fato de que um país com o qual o Brasil mantém relações diplomáticas convide oficialmente autoridades públicas brasileiras — por meio de uma agenda organizada com o apoio direto do governo de Israel — sem que o Itamaraty e a nossa representação diplomática naquele país tivessem conhecimento do fato. Mais grave ainda é que, em meio a um cenário de guerra, quando autoridades brasileiras — eleitas e em pleno exercício de suas funções — se encontram sob risco e buscam o apoio de seu país, recebam como resposta um comunicado que mais se assemelha a uma reprimenda do que a uma manifestação de solidariedade e proteção.
Reiteramos que nossa missão se deu com propósito institucional e de boa-fé, conforme as normas republicanas, com agenda oficial e objetivos públicos. O momento exige responsabilidade, unidade nacional e compromisso com a verdade.
T5
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