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Política

Partidos tentam sobreviver fechando portas e evitando coligações suicidas

O PPL, Partido da Pátria Livre, que vinha ensaiando entendimentos com o PPS, sinalizou recuo nas gestões para aliança, conforme o presidente estadual Francisco de Assis Silva, Chico do Sintram.

Da Redação do Diamante Online

12/03/2018 às 11:44 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Em plena vigência da janela partidária, que possibilita filiações e troca de partido aos políticos que pretendem disputar as eleições de outubro, as cúpulas na Paraíba se acautelam, fechando portas a detentores de mandatos que se preparam para a reeleição e fugindo de coligações suicidas que possam afetar a sobrevivência, sobretudo, de pequenas legendas no acirrado cenário que vai se formando. Um dos exemplos é o Avante, liderado pelo deputado estadual Genival Matias, que conta com outro deputado – Tião Gomes. A prioridade é manter as cadeiras que ambos ocupam e evitar a ameaça de inchaço.

Tanto é assim que o Avante expulsou o deputado Inácio Falcão, hoje em busca de um abrigo partidário. Ele foi acusado de infidelidade e falta de pagamento das contribuições financeiras mensais à agremiação. Genival Matias confirmou ao Correio da Paraíba que o Avante quer filiar até o prazo máximo permitido pela legislação eleitoral – seis de abril, apenas lideranças menores, eleitoralmente, que os dois deputados.

Sendo assim, a legenda, em tese, terá votos suficientes para garantir a reeleição deles e aventurar a vitória de um terceiro postulante, segundo o entendimento vigente na cúpula.
O mesmo se dá com o PPS, cujo presidente estadual Nonato Bandeira, ex-vice-prefeito de João Pessoa e atual chefe de gabinete do governador Ricardo Coutinho (PSB), disputará uma vaga de deputado federal e também fechou a porta a detentores de mandato, exceto ao deputado João Bosco Carneiro Júnior, que já pertenceu aos quadros do partido.

A meta do PPS é formar uma grande coligação de pequenas legendas para eleger um federal e entre dois a três estaduais, mas a incerteza ronda a órbita do partido desde que o colunista de O Globo, Lauro Jardim, noticiou que o deputado federal Pedro Cunha Lima deverá trocar o PSDB pelo PPS. No plano nacional, o presidente Roberto Freire sinalizou que o PPS apoiará a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a presidente da República, pelo PSDB.

Nonato Bandeira opôs restrição velada ao ingresso do deputado Pedro Cunha Lima na agremiação, salientando que o PPS na Paraíba só aceita filiações dos que estiverem interessados em apoiar o projeto do governador Ricardo Coutinho, do PSB, que tem como candidato in pectoris ao governo o secretário de Recursos Hídricos e Infraestrutura, João Azevedo. O PPL, Partido da Pátria Livre, que vinha ensaiando entendimentos com o PPS, sinalizou recuo nas gestões para aliança, conforme o presidente estadual Francisco de Assis Silva, Chico do Sintram.

O PPL já tem 22 nomes conhecidos em toda a Paraíba para disputar as eleições de outubro, alguns já filiados, outros que irão se filiar no dia 21 em Campina Grande por ocasião da visita do presidenciável do partido, João Goulart Filho, que é filho do ex-presidente João Belchior Marques Goulart, deposto pelos militares com o apoio de grupos civis entre a noite de 31 de março e a madrugada de primeiro de abril de 1964.

Nonato Guedes

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