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Brasil

Polícia prende 19 membros de facção donos de provedores ilegais de internet, no Ceará

Esta é mais uma fase da “Operação Strike”, que visa desarticular um grupo criminoso de origem carioca com atuação no Ceará, associado a representantes de provedores de internet.

Por Redação

17/06/2025 às 14:42

18 pessoas são presas durante operação da PCCE em Fortaleza e RMF - Divulgação/SSPDS

18 pessoas são presas durante operação da PCCE em Fortaleza e RMF (Foto: Divulgação/SSPDS)

Dezenove pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (17) por ligação com os ataques a provedores de internet e por administrar empresas clandestinas de internet, no Ceará. Os criminosos são donos de provedores ilegais de internet, que tentam monopolizar o serviço em bairros da periferia de Fortaleza e outras cidades do estado.

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que, além das capturas, armas de fogo, drogas, munição, veículos de luxo e vários equipamentos de provedores de internet foram apreendidos. A operação bloqueou também 21 contas bancárias, totalizando um valor de R$ 5,2 milhões.

Os presos deverão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, extorsão, dano e interrupção de serviço essencial.

Ataques coordenados a empresas de internet no Ceará

Em fevereiro e março deste ano, criminosos realizaram ataques contra provedores de internet e deixaram diversas cidades sem acesso. A facção criminosa Comando Vermelho foi a principal responsável. Ela fez pelo menos oito ataques, como corte de cabos de internet, incêndio de veículos e tiros contra as sedes das empresas, desde 22 de fevereiro em Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante.

Nem as empresas e nem a Secretaria da Segurança Pública do estado divulgaram o número de pessoas afetadas pelos ataques e consequentes falhas no serviço.

O objetivo dos ataques era forçar as empresas a repassarem à facção parte da mensalidade paga pelos clientes pelo serviço de internet. As ações eram direcionadas àquelas que não obedecem aos criminosos, segundo o titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, delegado Alisson Gomes.

Os provedores de internet no Ceará chegaram a suspender as atividades em algumas regiões depois de ataques promovidos por uma facção criminosa, que incluem desde o corte de cabos de internet até o incêndio de veículos e tiros contra as sedes das empresas.

Cronologia dos ataques

11 de março: criminosos jogaram pedras contra um veículo da empresa Brisanet na cidade de Caucaia.

10 de março: a fachada da empresa Acnet, na cidade de Caucaia, foi alvo de vários tiros.

10 de março: membros de facção destruíram fiação de uma empresa de internet em Caucaia.

9 de março: um dia após o governador anunciar combate a esse tipo de crime, uma empresa foi atacada na madrugada no Bairro Sítios Novos, em Caucaia.

8 de março: o governador do Ceará, Elmano de Freitas, anuncia criação de grupo para combater a facção que ataca as provedoras de internet no estado.

7 de março: criminosos destruíram várias fiações de uma operadora na cidade de Caridade; 90% dos clientes do município ficaram sem internet.
6 de março: um carro de serviço da Brisanet foi completamente destruído pelas chamas no Conjunto Metropolitano, em Caucaia.

27 de fevereiro: no distrito do Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, onde está localizado o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), criminosos invadiram e vandalizaram uma empresa.

22 de fevereiro: no Bairro Jacarecanga, em Fortaleza, dois veículos da empresa Brisanet foram destruídos em incêndio.

G1

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