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Política

Polícia Civil indicia pastor por homotransfobia após afirmar que deputada trans não era incluída no dia das mulheres "mulher nasce mulher"

Investigação concluiu que líder religioso Flávio Amaral fez discursos de ódio em redes sociais e palestras, pedindo “cura” de pessoas LGBTQIA+.

Por Redação

04/07/2025 às 15:13 | Atualizado em 04/07/2025 às 15:43

Pastor Flávio Amaral (á esquerda) e deputada Erika Hilton (à direita). - Reprodução

Pastor Flávio Amaral (á esquerda) e deputada Erika Hilton (à direita). (Foto: Reprodução)

A Policia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu, nesta segunda-feira (2), a investigação de crime de homotransfobia praticado por um pastor em redes sociais e em palestras. Em um dos discursos, ele cita deputada Erika Hilton (PSOL-SP) (saiba mais abaixo).

Segundo a investigação, o pastor Flávio Amaral afirmou que a deputada "não era incluída no dia das mulheres, pois mulher não vira mulher, mulher nasce mulher”.

Além disso, o religioso fez publicações sugerindo a “cura” de pessoas LGBTQIA+ pela religião, além de chamá-las de “filhos da ira e da perdição” e disseminar outros conteúdos homotransfóbicos.

O g1 entrou em contato com o pastor, mas não teve resposta até a última atualização desta reportagem.

Em depoimento, o pastor disse que todas os comentários foram por "questões pessoais".

Caso enviado ao MPDFT

De acordo com a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (DECRIN), o pastor foi indiciado por crimes resultantes de preconceito.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que vai analisar a denúncia. Se condenado por todos os crimes, o pastor pode pegar de 6 a 15 anos de reclusão.

Saiba quem é o pastor

Brasiliense, Flávio Amaral mora atualmente em Itanhaém, São Paulo. Nas redes sociais, ele se apresenta como "missionário e pastor, liberto da homossexualidade".

Ele também é investigado pelo Ministério Público (MP) por transfobia e tortura após uma denúncia feita pela deputada Erika Hilton (PSOL) e da vereadora de São Paulo Amanda Paschoal (PSOL).

O documento foi assinado pelas parlamentares depois que uma jovem trans, de 22 anos, que passava por um processo de "destransição" e "cura gay" promovido pelo líder religioso, se suícidou.

TV Globo e G1 DF

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