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Brasil

Justiça concede liberdade provisória a suspeito de abusar de cadela

De acordo com a Polícia Civil, a tutora pediu, por meio do sistema de segurança, que o suspeito parasse com o abuso.

Por Redação

12/08/2025 às 14:30

Maus-tratos a animais: crime é frequente, apesar das punições previstas em lei - Reprodução

Maus-tratos a animais: crime é frequente, apesar das punições previstas em lei (Foto: Reprodução)

A Justiça do Piauí concedeu liberdade provisória para um pedreiro de 57 anos, suspeito de abusar sexualmente de uma cadela enquanto trabalhava em uma casa na Usina Santana, Zona Sudeste de Teresina. Ele foi preso na tarde de quinta-feira (7) e liberado após audiência de custódia.

De acordo com a Polícia Civil do Piauí (PCPI), a tutora do animal flagrou o crime por meio da câmera de segurança da residência.

O homem foi autuado por maus-tratos a animais e para continuar em liberdade, deve seguir medidas cautelares, como: não se aproximar do imóvel onde o crime ocorreu e não frequentar bares ou casas noturnas.

A delegada Adília Klein, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), informou ao g1 que o pedreiro trabalhou com um ajudante nos dois dias anteriores ao crime, mas ficou sozinho com a cadela no dia do abuso.

"A tutora estava no trabalho e acompanhou o ato de abuso sexual pela câmera, que tem um sistema de acionamento pelo qual ela consegue falar. Ela mandou o suspeito parar [com o abuso] e ele ouviu, deixou a cadela e voltou a fazer o serviço", contou a delegada.

De acordo com Adília, a dona da cadela ligou para o esposo, que acionou o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), da Polícia Militar do Piauí (PMPI). Os policiais foram até a residência do casal e prenderam o pedreiro em flagrante.

Maus-tratos aos animais

Os maus-tratos aos animais incluem abuso, abandono ou violência e podem resultar em pena de três meses a um ano de prisão, além de multa.

Para animais domésticos, como cães e gatos, a pena é de dois a cinco anos de prisão, podendo aumentar em até um terço se houver morte.

Além disso, uma lei estadual do Piauí obriga o agressor a pagar pelas despesas do tratamento do animal agredido.

"Se uma pessoa tem algum tipo de responsabilidade pelo animal e não denunciar o caso à polícia, ela também pode ser penalizada por maus-tratos a depender do caso", alertou a delegada Adília Klein.

Como denunciar

O g1 listou os canais de ajuda para denunciar maus-tratos aos animais. Em casos em andamento, é necessário acionar o 190, da Polícia Militar. Se a violência já aconteceu, é possível:

Enviar mensagem para o Disque Denúncia da Secretaria de Meio Ambiente e

Recursos Hídricos do Piauí (Semarh) pelo WhatsApp: (86) 98112-9958;

Registrar boletim de ocorrência em delegacias especializadas ou comuns;

Fazer denúncia anônima no site oficial da Polícia Civil.

Em Teresina, é possível procurar diretamente a DPMA, na Avenida Raul Lopes, ao lado do Parque Potycabana, Zona Leste da capital. O e-mail da delegacia é [email protected].

G1

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