Presidente de clube da primeira divisão e 17 árbitros são presos em escândalo de apostas na Turquia

A Procuradoria Geral da Turquia anunciou nesta sexta-feira (7)  a prisão preventiva de 21 pessoas em uma investigação sobre apostas no futebol local. Entre os detidos, estão 17 árbitros e Murat Ozkaya, presidente do Eyupospor, clube da primeira divisão da Turquia.

Fatih Sarac, antigo dono do Kasimpasa, outro clube da primeira divisão da Turquia, também foi detido para ser interrogado. O Kasimpasa foi colocado sob intervenção judicial em setembro, após uma investigação de corrupção relacionada à empresa que era dona do clube.

A operação foi realizada após a denúncia da Federação Turca de Futebol (TFF), que suspendeu 149 árbitros e auxiliares. De acordo com a entidade, estes oficiais apostavam em jogos de futebol ao mesmo tempo em que trabalhavam nas ligas profissionais do país.

- Foram analisados os montantes envolvidos nos jogos de apostas, considerados comportamentos contrários às obrigações das funções, tendo em conta o fato de que os árbitros são funcionários públicos. Também foram analisados os rendimentos obtidos através da arbitragem e suas fontes de rendimento externas e alegações de manipulação de resultados - diz o comunicado.

371 árbitros possuíam contas em casas de apostas
Uma investigação federal conduzida por autoridades do Estado descobriu que 371 de 571 árbitros ativos no futebol profissional da Turquia tinham contas em casas de apostas esportivas, sendo que 152 deles faziam apostas regularmente.

— Como federação, temos que começar por limpar o nosso próprio quintal Entre os que foram descobertos com contas em bets, havia sete árbitros do mais alto nível, 15 assistentes top, 36 árbitros classificados e 94 assistentes classificados — contou Ibrahim Haciosmanoglu, presidente da Federação de Futebol da Turquia.

Alguns árbitros realizaram um número "impressionante" de apostas, segundo informações da federação de futebol da Turquia. Um deles, em especial, fez 18.227 apostas. Pelo menos 42 árbitros apostaram em mais de mil jogos de futebol, cada um.

— Eles serão direcionados ao comitê disciplinar e irão enfrentar as punições necessárias, de acordo com nosso regulamento — explicou o presidente da TFF.