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Israel monitora presença do grupo terrorista Hezbollah no Brasil e outros países da América Latina, diz embaixada
Informação foi confirmada pela embaixada de Israel na Costa Rica, que acompanha de perto a situação na América Latina.
Por Redação
22/10/2024 às 18:57 | Atualizado em 21/11/2024 às 23:33
Israel está preocupado com avanço do Irã – principalmente na América Latina. De acordo com informações da embaixada na Costa Rica, o grupo terrorista Hezbollah e radicais iranianos têm “bases” em vários países do nosso continente, incluindo o Brasil. As informações são do Blog do Zamataro, do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
“Conforme foi publicado em novembro de 2023, houve ativistas do Hezbollah detidos no Brasil, estamos preocupados que haja mais casos que ainda não descobrimos.”
Eles não entraram em mais detalhes sobre as prisões e investigações dos casos. Mas, a embaixada explicou que os serviços de inteligência israelenses ajudaram países latino-americanos a localizar e prender membros de grupos terroristas ligados ao Irã nos últimos anos. E deu alguns exemplos:
“Durante o ano passado, nós, israelenses, em cooperação com as forças policiais locais, interceptamos grupos terroristas apoiados pelo Irã na Argentina, Colômbia, México e Peru. Não sabemos que outros grupos ainda não encontramos e estamos preocupados que se dupliquem noutros países com governos hostis.”
Nesse caso, quando usam a expressão “hostis”, eles se referem à Venezuela, do presidente Nicolás Maduro e à Nicarágua, de Daniel Ortega. Países radicalmente de esquerda – e que já mostraram contra o atual governo de Israel – e favoráveis ao regime iraniano.
“Não temos confirmação que possamos partilhar, mas a presença crescente do Irã e o grande número de visitas de alto nível são uma grande preocupação para nós. É importante mencionar que, além de um dos convidados de honra na posse de Daniel Ortega em janeiro de 2022, é um funcionário iraniano procurado na Argentina por seu papel em atos de terror em 1994.”
O medo do serviço secreto de Israel é de que o pequeno país da América Central vire uma espécie de “base”, de treinamento e recrutamento de terroristas no continente.
“Preocupa-nos que, com os fortes laços entre a Nicarágua e o Irã, o modelo que foi descoberto no Brasil, ou um ataque como o da AMIA em Buenos Aires, seja copiado para a Nicarágua.”
O ataque da AMIA – o maior atentado terrorista da história da Argentina – foi realizado em 1994, na Associação Mutual Israelita Argentina. Foram 85 mortos. Israel acredita que o grupo Hezbollah, com a conivência do governo do Aiatolá Khamenei, esteja por trás do ataque. O Irã sempre negou as acusações.
R7.com
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