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Soldado brasileiro tem perna amputada ao pisar em mina e se arrasta por 9 km durante guerra na Ucrânia
Familiares do brasileiro receberam ligação feita de hospital onde ele está internado.
Por Redação
04/07/2025 às 08:23 | Atualizado em 04/07/2025 às 08:28

Rafael Paixão foi atingido por mina terrestre e teve perna amputada na guerra da Ucrânia (Foto: Reprodução/Instagram)
Um soldado maranhense que atua como voluntário na guerra entre Ucrânia e Rússia teve parte da perna esquerda amputada depois de pisar em uma mina-borboleta durante uma missão.
A informação foi confirmada pela família de Rafael Paixão, de 26 anos, que é natural de Imperatriz, no Maranhão. Segundo a mãe do jovem, Neila Paixão, após o incidente, o filho precisou se arrastar por cerca de nove quilômetros para conseguir socorro.
As minas-borboleta são um tipo de mina terrestre, de 7 a 10 centímetros de largura, cujo formato lembra uma borboleta. Elas são proibidas por leis internacionais e podem ferir ou até matar pessoas indiscriminadamente.
De acordo com a família de Rafael, ele fez uma ligação do hospital onde está internado nesta quarta-feira, 2. Os parentes afirmam que o quadro é estável, mas que o soldado passou por uma cirurgia delicada de amputação de parte da perna, do joelho para baixo.
A mãe de Rafael publicou um vídeo nas redes sociais relatando o momento em que soube do acidente, bem como descrevendo o desespero da família, que espera que Rafael retorne ao Brasil.
“O Rafael chegou ao fim da missão e ele foi deslocado para pegar dois militares. Nesse intervalo, ele pisou numa mina borboleta e foi atingido”, contou.
“Hoje [quarta-feira, 2] pela manhã, a gente teve essa informação. Recebemos a ligação dele no pós-operatório. Ele foi operado, está hospitalizado, perdeu o pé esquerdo, perdeu um pouco do joelho para baixo, mas está estável, está vivo. Foi um milagre de Deus. Ele contou um pouco do que aconteceu. Ele andou nove quilômetros arrastado por outro militar que estava dando suporte para ele. Ele estava muito machucado, mas graças a Deus, para honra e glória de Jesus, ele conseguiu”, continuou a mãe.
Rafael era estudante de Direito em uma universidade particular de Imperatriz e, em agosto de 2024, deixou os estudos e se mudou para a Holanda com uma namorada. Após o fim do relacionamento, ele decidiu se voluntariar no exército da Ucrânia e passou a integrar o 3º Batalhão de Brigada de Assalto.
O maranhense chegou a ficar incomunicável por 20 dias, levantando suspeitas sobre sua morte. A informação foi desmentida pelo próprio Rafael, em uma ligação recente à família.
De acordo com o Itamaraty, no início da guerra, em 2022, mais de 100 brasileiros se voluntariaram para lutar no exército ucraniano.
Guerra entre Rússia e Ucrânia
Em fevereiro de 2022, o presidente russo Vladimir Putin autorizou uma invasão à Ucrânia a partir de uma ação militar no leste do país, onde ficam as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk.
Há mais de 8 anos as relações entre os dois países vêm se deteriorando cada vez mais. O ataque marcou o pior momento da Europa em quase 80 anos, desde a 2ª Guerra Mundial.
A guerra tem causado milhares de mortes e milhões de refugiados, além de muita destruição. A Ucrânia recebe apoio militar, financeiro e humanitário de países ocidentais, como Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, enquanto a Rússia enfrenta sanções econômicas severas.
Em meio a tentativas diplomáticas sem sucesso, o conflito se mantém até hoje sem uma solução definitiva, e combates intensos continuam no leste e sul da Ucrânia.
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