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Ataque a escola católica nos EUA deixa duas crianças mortas e outras 17 pessoas feridas
Polícia confirma que atirador foi morto. Episódio foi classificado como "ato de violência contra crianças e fiéis".
Por Redação
27/08/2025 às 22:13 | Atualizado em 27/08/2025 às 22:14
Duas crianças morreram e outras 14 ficaram feridas no ataque em Minneapolis CRAIG LASSIG/EPA/Shutterstock
Duas crianças, de 8 e 10 anos, foram mortas e outras 17 pessoas ficaram feridas após um ataque a tiros em uma escola do Estado de Minnesota, nos EUA, nesta quarta-feira (27).
O ataque aconteceu na escola católica Annunciation, em Minneapolis, durante a missa da manhã que marcava volta às aulas, disse o chefe de polícia local, Brian O'Hara.
A polícia classificou o episódio como um "ato de violência contra crianças e fiéis".
O atirador estava armado com um rifle, uma espingarda e uma pistola, e disparou através das janelas da igreja, disseram as autoridades, acrescentando que em seguida ele voltou a arma contra si mesmo.
A polícia confirmou que o atirador está morto. Ele foi identificado como Robin Westman, de 23 anos, morador da região metropolitana de Minneapolis, segundo três fontes das forças de segurança disseram à parceira da BBC nos EUA, a CBS News.
As autoridades informaram que ele não possuía um histórico criminal extenso e agiu sozinho.
A motivação ainda está sendo investigada.
Entre os 17 feridos, 14 são crianças.
De acordo com Thomas Wyatt, chefe da emergência do hospital Hennepin Healthcare, sete pacientes em estado crítico chegaram à unidade de saúde e quatro precisaram passar por cirurgia.
Mais cedo, a polícia havia informado que duas crianças estavam em estado crítico.
Emocionado, o prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, fez uma referência direta à resposta política comum após massacres a tiros nos EUA.
"Não digam que isso é sobre ideologias e religião agora – essas crianças estavam literalmente rezando", disse o prefeito.
O presidente Donald Trump escreveu no Truth Social que "a Casa Branca continuará a monitorar essa situação terrível".
Apenas neste ano, houve 286 "ataques a tiro em massa", de acordo com o banco de dados sem fins lucrativos Gun Violence Archive.
A expressão se refere a quando quatro ou mais pessoas são atingidas por tiros, sem incluir o atirador.
A pico desse tipo de ataque aconteceu durante a pandemia, em 2021, e desde então vem caindo.
Atirador publicou vídeos
O BBC Verify, serviço de verificação da BBC, teve acesso a dois vídeos aparentemente postados por Robin Westman, de 23 anos, apontado pela CBS como o suspeito do ataque a tiros em Minneapolis.
Os vídeos, com duração de 10 e 20 minutos, parecem ter sido publicados hoje em um canal no YouTube.
Neles, aparecem armas, balas e carregadores, filmados em um quarto.
Mensagens racistas e antissemitas, além de uma mensagem defendendo o assassinato do presidente Donald Trump, estavam escritas nas munições e nas armas.
A parceira da BBC nos EUA, a CBS, perguntou à Casa Branca sobre a mensagem.
Um funcionário disse que estão cientes das informações, mas que não há comentários no momento.
Também são exibidas quatro páginas de anotações manuscritas, que parecem ser uma carta ou mensagem endereçada "à minha família e amigos". O texto menciona depressão e a intenção de "cumprir um ato final".
A mãe do suspeito, Mary Grace Westman, trabalhou como assistente administrativa na escola alvo do ataque, segundo uma mensagem de boas-vindas enviada pelo colégio em 2016. Ela saiu do emprego em agosto de 2021
Os vídeos e todo o canal no YouTube já foram removidos.
BBC News
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