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Policial

Técnico de celular se passava por membro de facção para exigir dinheiro e nudes de mulheres

Ele usava os chips dos clientes que levavam os aparelhos ao conserto para entrar em contato com as vítimas e ameaçá-las.

Por Redação

23/10/2024 às 07:01 | Atualizado em 21/11/2024 às 16:53

 - Tatiana Alencar/SVM

(Foto: Tatiana Alencar/SVM)

Um técnico de celular de 23 anos foi preso na última quinta-feira (17) em Fortaleza suspeito de extorquir e coagir mulheres a enviar fotos e vídeos íntimos e dinheiro para ele. Conforme a Polícia Civil, ele fingia ser membro de facção e ameaçava as vítimas, que chegaram a mudar de bairro por medo.

De acordo com a investigação, o homem pegava os chips que alguns clientes esqueciam nos celulares ao levá-los para o conserto e os usava para entrar em contato com as vítimas. Ele obtinha informações das mulheres pelas redes sociais e, depois as abordava, se apresentando como membro de uma facção.

Ele dizia que sabia onde as vítimas moravam e ameaçava divulgar informações sobre relacionamentos íntimos delas, a não ser que elas enviassem dinheiro ou vídeos e imagens íntimas para ele. Em alguns casos, ele também ameaçava as mulheres de morte.

O homem teria utilizado 15 celulares e 28 chips, cadastrados em nomes de outras pessoas, para contatar e ameaçar as mulheres. A Polícia Civil estima que mais de 40 mulheres foram vítimas do homem.

"Algumas vítimas deixaram de estudar, largaram o colégio, algumas famílias mudaram de residência, foram pra outro bairro, pensando realmente se tratar de uma facção", detalhou o delegado Valdir Cavalcante, titular do 5º Departamento Policial.

A investigação da polícia começou em setembro, após a mãe de uma das vítimas saber das ameaças e registrar um boletim de ocorrência, que resultou no cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca domiciliar contra o suspeito na última quinta-feira, no bairro Siqueira.

Durante as buscas, os policiais encontraram sete celulares e cerca de R$ 2 mil em espécie, dinheiro que seria proveniente das extorsões.

O técnico de celular foi indiciado pelos crimes de intimidação sistemática virtual (cyberbullying), ameaça, perseguição, violência psicológica, falsa identidade, falsidade ideológica, extorsão, importunação sexual e divulgação de foto de cunho íntimo.

G1

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