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Cometa ou asteroide? Estudo sugere que o 3I/Atlas tem ‘vulcões de gelo’ na superfície
Cientistas analisaram o fenômeno que seria responsável pela liberação de gases e materiais congelados.
Por Redação
17/12/2025 às 07:08
Desde que foi visto pela primeira vez, o 3I/Atlas se tornou objeto de pesquisa por astrônomos do mundo todo. Conforme o cometa se aproxima da Terra, os cientistas Josep M. Trigo-Rodríguez, Maria Gritsevich e Jürgen Blum analisaram imagens e sugeriram que ele, na verdade, pode ser um asteroide.
A análise indica que o visitante espacial libera jatos a partir de regiões específicas da superfície. Segundo cientistas, esse comportamento mostra a presença de “vulcões de gelo”, também conhecidos como criovulcanismo. O fenômeno seria responsável pela liberação de gases e materiais congelados.
De acordo com o estudo, os cometas comuns são regulados por um manto de poeira, que isola o gelo subsuperficial, restringe o fluxo de gás e impede o aumento descontrolado de brilho. Para os pesquisadores, o objeto interestelar não tem esse manto.
“Mesmo que um cometa experimente uma explosão, o manto de poeira frequentemente se sela rapidamente ou o sistema se equilibra termicamente, fazendo com que o brilho retorne à tendência pré-explosão. O 3I, sendo primitivo e nunca processado termicamente, provavelmente não possui tal manto”, diz um trecho do texto.
Outro ponto que chamou atenção foi a velocidade com que o 3I/Atlas entrou no Sistema Solar, mostrando que ele pode ter sido lançado para o espaço após um encontro “violento” em seu sistema de origem.
Essas características reforçam a hipótese de que o objeto seja um asteroide rico em carbono e metal, com estrutura sólida, parecida com a de alguns asteroides conhecidos no nosso Sistema Solar.
No entanto, a Nasa classifica o objeto interestelar como um cometa e afirma que ele não representa ameaça à Terra. O visitante atingirá sua menor distância do planeta em 19 de dezembro, quando passará a cerca de 270 milhões de quilômetros de distância.
O 3I/Atlas foi avistado pela primeira vez em 1º de julho e chamou atenção pela velocidade e trajetória que indicam que não está preso à gravidade do Sol. Ele é apenas o terceiro objeto interestelar já confirmado pela ciência.
R7.com
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