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Opinião
Tadeu Gomes

O que a oposição da Paraíba precisa para potencializar força em 2026

Nomes de peso da política paraibana podem unir-se para enfrentar a máquina do estado.

Por Tadeu Gomes • Política e cotidiano

07/09/2025 às 17:51 | Atualizado em 07/09/2025 às 18:02

Cícero e Veneziano no lado superior da foto e Pedro e Efraim no inferior (Foto: Reprodução)

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, já cravou que será candidato ao governo do estado em 2026. A postulação dele já era esperada e, com a saída do PP, foi confirmada de vez. Agora resta saber qual será o partido escolhido para disputar o Palácio da Redenção no ano que vem.

Legendas não faltam.

O presidente do MDB na Paraíba, senador Veneziano, publicou um vídeo com o próprio Lucena nas redes sociais em que fez o convite formal para o gestor. Lucena, ainda indeciso, deu a entender que vai analisar a proposta.

Com nome cotado pela oposição, o caminho ideal para Cicero é fazer uma grande aliança com todo grupo, incluindo o próprio Vital, o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD) e o senador Efraim Filho (União Brasil).

Ainda tem possibilidade de ter o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), como aliado. Este, porém, parece ser mais difícil devido à devoção que tem ao governador João Azevedo (PSB). 

Galdino já sinalizou que tem pretensões na chapa majoritária, mas Azevedo não quer e já escolheu o favorito à sucessão: o vice-governador Lucas Ribeiro. 

A junção de forças oposicionistas seria a união perfeita para enfrentar a máquina do estado que está no domínio de João.  Resta saber como ficaria a composição da chapa.

Efraim já disse que pretende lançar o nome ao governo paraibano com apoio do PL. Em evento realizado em João Pessoa, esteve até reunido com a ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro, e aliados de direita. Veneziano, entretanto, é lulista e dificilmente apoiaria Filho como cabeça da chapa. Apesar da vontade de chegar ao poder, haveria choque de ideologia no cenário nacional entre eles.

Então, uma das alternativas é lançar Cícero como postulante a governador e Pedro a vice.

Em 2022, Cunha Lima atraiu Efraim e Vital para o mesmo palanque no segundo turno; em 2026 não haveria entrave para isso acontecer novamente.

Veneziano, apesar do apoio de algumas prefeituras no último pleito, figurou em quarto lugar na disputa, perdendo até para Nilvan Ferreira, que ganhou mais votos na capital paraibana. Possivelmente, em uma esperada aliança, o nome dele não ganharia força para ser vice e seria mais viável a disputa da reeleição ao Senado Federal.

A carta na manga de Cícero está no seu reduto eleitoral de João Pessoa. Ele se reelegeu com 63,91% dos votos em 2024. Esse trunfo pode ser somado a um possível apoio do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, que é oposição ao atual governo.

Ao passo que o pleito se aproxima, os cenários começam a ser desenhados, e o grupo governista precisa ficar de olhos abertos no lado opositor, afinal, a máquina estatal pode falhar...

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Tadeu Gomes

Política e cotidiano

Redator e diretor do Diamante Online, graduando em Letras-Português e com atuação na segurança pública. 

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