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Policial

Policiais dizem que jovem morto em Santa Luzia não reagiu e nem tinha arma

Os indícios investigados pela Polícia Civil da Paraíba apontaram que a arma atribuída a Geffeson foi plantada pelos policiais sergipanos.

Da Redação do Diamante Online

26/10/2021 às 22:34 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Na primeira audiência de instrução do caso Geffeson Moura, policiais civis da Paraíba prestaram depoimento como testemunhas de acusação e disseram que o jovem morto em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Patos, não reagiu e nem tinha arma, segundo informou ao ClickPB o advogado da família de Geffeson Moura, Luiz Pereira. Geffeson foi assassinado com oito tiros no dia 17 de março deste ano, sem chance de defesa e sem saber o motivo. Ele foi confundido com criminosos que estavam sendo procurados na Paraíba, em uma operação da Polícia Civil de Sergipe.

Os indícios investigados pela Polícia Civil da Paraíba apontaram que a arma atribuída a Geffeson foi plantada pelos policiais sergipanos, até mesmo porque ela tem registro em Aracaju, Sergipe.

A primeira audiência de instrução do caso foi realizada na semana passada, em Sergipe. O advogado da família de Geffeson Moura, Luiz Pereira, conversou hoje (25) com o ClickPB sobre a audiência.

“Nem todas as testemunhas estiveram presentes. A audiência aconteceu das 9h às 21h, ou seja, com 12 horas de duração. Sem todas as testemunhas, o juiz remarcou para ouvir as testemunhas presentes que ainda restavam e as faltosas”, explicou o advogado.

No dia 10 de novembro será realizada a nova audiência com a continuação dos depoimentos das testemunhas.

Na semana passada depuseram todas as testemunhas de acusação, que são policiais civis da Paraíba que relataram os erros da operação e que estiveram no local apenas para apoio aos sergipanos. As testemunhas de defesa, policiais sergipanos, explicaram a conduta da operação e que buscavam criminosos envolvidos no tráfico interestadual de drogas.

Três policiais sergipanos foram acusados pelo assassinato de Geffeson Moura, ocorrido em Santa Luzia, na Paraíba, em abril deste ano. O delegado Osvaldo Resende Neto, o policial civil José Alonso Santana e o policial militar Gilvan Moraes de Oliveira. Eles devem ser ouvidos em uma terceira audiência. O próprio delegado confessou que fui ele quem disparou todos os tiros que atingiram Geffeson Moura.

Polícia de Sergipe se manifestou no dia 17 de março

Em nota enviada ao ClickPB, no dia 17 de março, a Polícia Civil de Sergipe disse que “foi deflagrada uma operação no final da noite desta terça-feira, 16, na cidade de Santa Luzia, sertão da Paraíba, pelo Departamento de Narcóticos (Denarc) a fim de tentar prender um grupo envolvido com tráfico interestadual de drogas. estava “há alguns dias em diversas partes do Nordeste do país monitorando a quadrilha com o intuito de cumprir mandados de prisão, expedidos pela Justiça de Sergipe.”

Ainda na nota, a Polícia Civil sergipana relata que “os policiais se depararam com um homem em um veículo e na abordagem, o motorista identificado como Gefferson de Moura Gomes estava armado, esboçou uma reação e foi atingido, sendo encaminhado imediatamente para uma unidade hospitalar.”

Assessoria

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