Brasil
Ministério Público recorre da absolvição de réus por incêndio no Ninho do Urubu
Promotores pedem reforma da sentença e defendem que houve negligência e omissão na morte de dez jovens atletas do Flamengo.
Por Redação
10/11/2025 às 18:43 | Atualizado em 11/11/2025 às 08:30
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou recurso contra a decisão que absolveu os sete acusados pelo incêndio culposo no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo. A tragédia, ocorrida em 8 de fevereiro de 2019, matou dez adolescentes e deixou três feridos, todos atletas do clube.
Quem são os réus citados no recurso?
O pedido de reforma da sentença foi protocolado por promotores do GAEDEST, do GAESF e da Promotoria de Justiça junto à 36ª Vara Criminal da Capital. O MPRJ requer a condenação de Antonio Marcio Mongelli Garotti, Cláudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Edson Colman da Silva, Fábio Hilário da Silva, Marcelo Maia de Sá e Weslley Gimenes por incêndio culposo qualificado.
Quais são os principais argumentos do Ministério Público?
Segundo o órgão, o incêndio foi resultado de negligência e omissões de dirigentes, engenheiros e responsáveis técnicos, que não garantiram condições seguras de alojamento para os jovens. O MPRJ sustenta que havia culpa consciente, já que o CT operava sem alvará e com notificações do Ministério Público e autuações da Prefeitura, o que comprovava sua ilegalidade e risco estrutural.
O que o recurso aponta?
Os promotores afirmam que os responsáveis tinham o dever de fornecer alojamentos adequados e regularizados, com materiais antichamas, saídas de emergência funcionais, manutenção correta de equipamentos e monitoramento constante dos atletas.
O recurso, encaminhado à 36ª Vara Criminal, também destaca incongruências e contradições na sentença que absolveu os réus, defendendo que a decisão seja reformada para garantir a responsabilização pelos fatos que levaram à morte dos jovens jogadores.
Tupi FM
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