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Economia

Cesta básica na Venezuela custa quase 20 salários mínimos

Custo dos itens essenciais no país chegou a 459,84 dólares no mês de junho.

Da Redação do Diamante Online

25/07/2022 às 17:07 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Uma família de cinco pessoas na Venezuela precisa de 19,94 salários mínimos mensais – que está em 23,04 dólares (cerca de R$ 127) por mês – para que possa adquirir a cesta básica. Durante o mês de junho, a cesta teve um custo de 459,84 dólares (cerca de R$ 2.530), segundo cálculos divulgados pelo Centro de Documentação e Análise Social da Federação Venezuelana de Professores.

De acordo com a entidade independente, a cesta básica, composta por 60 produtos essenciais, aumentou 160,38 dólares (cerca de R$ 883) em relação a junho do ano passado, quando custava 299,46 dólares (cerca de R$ 1.650). No entanto, seu preço em moeda estrangeira, durante o mês passado, teve um decréscimo de -3,7% em relação a maio de 2022.

Apesar disso, ao fazer o cálculo em moeda local, e devido aos aumentos registrados no valor do dólar em relação ao bolívar em junho, a cesta básica teve um custo de 2.593,47 bolívares, um aumento de 5,1% em relação ao mês de maio, quando custava 2.468,76 bolívares.

O item que apresentou maior aumento foi o de gorduras e óleos, com variação de 18,6%, seguido de cereais e derivados, com alta de 18,1%, e café, que avançou 16,9%, também de acordo com os dados do Cendas-FVM.

Recentemente, o presidente Nicolás Maduro assegurou que a economia venezuelana cresceu “dois dígitos no primeiro semestre do ano”, embora não tenha especificado a cifra, argumentando que essa tarefa cabe ao Banco Central da Venezuela (BCV). A entidade, no entanto, não publica dados sobre a atividade econômica desde o primeiro trimestre de 2019.

Segundo cálculos do Observatório de Finanças da Venezuela (OVF), entidade independente composta por especialistas financeiros, a economia cresceu 7,8% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, principalmente devido ao aumento da atividade petrolífera.

EFE

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