Mundo
Parlamento do Uruguai aprova eutanásia para pacientes com doenças terminais
Poder Executivo deverá regulamentar a medida em um prazo de até 180 dias.
Por Redação
16/10/2025 às 14:36 | Atualizado em 16/10/2025 às 14:42
O Senado do Uruguai aprovou nesta quarta-feira (15) o projeto chamado de Lei da Morte Digna, com o qual o país legalizou a eutanásia. Após mais de dez horas de debate, todos os senadores da partido governista Frente Ampla se manifestaram a favor da iniciativa, assim como alguns dos opositores do Partido Colorado e do Partido Nacional.
O projeto aprovado busca garantir o direito de “transcorrer dignamente o processo de morrer” mediante a despenalização da eutanásia para os maiores de idade psiquicamente aptos que atravessem a etapa terminal de doenças incuráveis e irreversíveis ou que tenham, por causa delas, sofrimentos insuportáveis.
– Poderão se amparar nas disposições contidas nesta lei os cidadãos uruguaios naturais ou legais e os estrangeiros que comprovem de forma fidedigna sua residência habitual no território da República – cita o texto, que detalha em seguida o passo a passo do procedimento para a eutanásia.
No último dia 13 de agosto, o Uruguai havia dado o primeiro passo rumo à legalização da eutanásia com a aprovação do projeto de lei na Câmara dos Deputados. O projeto avançou para a Comissão de Saúde Pública do Senado, onde os legisladores que a integravam receberam diferentes coletivos para dialogar e depois o aprovaram, o que permitiu que seguisse para o plenário.
– Este projeto foi construído com responsabilidade. Muito debatido em deputados, com uma comunicação muito direta com senadoras e senadores, chegou-se a este projeto. Foram estabelecidas garantias claras para proteger os pacientes, deposita-se confiança nos profissionais médicos e nas equipes de saúde. Respeitou-se a vontade individual – afirmou o senador Daniel Borbonet, da Frente Ampla.
Na mesma linha, o senador colorado Ope Pasquet defendeu a lei em entrevista à agência EFE.
– A lei é necessária, liberal e humanitária. É necessária porque há muita gente que chega ao final da vida afetada por doenças incuráveis e irreversíveis, com sofrimentos insuportáveis e que às vezes alguns querem encurtar a vida para não sofrer até o final – declarou.
Pasquet havia apresentado em 2020 um projeto para legalizar a eutanásia que foi aprovado na Câmara, mas não conseguiu os votos necessários na Comissão de Saúde do Senado. Agora, com uma nova lei já sancionada, o Poder Executivo deverá regulamentá-la em um prazo de até 180 dias desde a promulgação.
EFE
Tópicos

Mais Notícias em Mundo
Após cessar-fogo
Após fim da guerra, Hamas faz execuções públicas e briga com facções pelo poder na Palestina
17/10/2025Turquia
Pão de 1. 300 anos com imagem de Jesus é achado na Turquia
Alimento foi encontrado na antiga cidade de Eirenópolis, localizada na província de Karaman.
17/10/2025