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Policial

Ex-nora de Lula é alvo em operação sobre fraudes em licitações

Carla Ariane Trindade teria atuado para facilitar a liberação de recursos do MEC, conforme investigação.

Por Redação

13/11/2025 às 08:26

Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Lula - Reprodução/Estadão

Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Lula (Foto: Reprodução/Estadão)

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira, 12, mandados de busca e apreensão contra Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), investigada da Operação Coffee Break, que apura suspeitas de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos.

A ação foi autorizada pela 1ª Vara Federal de Campinas, que também determinou a apreensão dos passaportes dos investigados. De acordo com a investigação, Carla teria atuado em Brasília para facilitar a liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC) para a Life Tecnologia Educacional.

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A empresa recebeu cerca de R$ 70 milhões em contratos para o fornecimento de kits e livros escolares a prefeituras do interior paulista, conforme o Estadão. A PF aponta indícios de que o material fornecido estava superfaturado e que parte dos valores era desviada para empresas de fachada. Procurada pela reportagem, a Life não se manifestou.

As apurações indicam que André Mariano, dono da Life, contratou Carla Ariane e Kalil Bittar (ex-sócio de Fábio Luiz Lula da Silva) para obter vantagens junto ao governo federal. No material apreendido pela PF, o nome de Carla aparece nas anotações de Mariano acompanhado da palavra "Nora".

Carla foi casada com Marcos Cláudio Lula da Silva, filho da ex-primeira-dama Marisa Letícia. Já Kalil é irmão de Fernando Bittar, um dos proprietários do sítio de Atibaia, alvo de investigação na Operação Lava Jato, e foi sócio de Fábio Luiz na Gamecorp.

A PF afirma ainda que Mariano pagava uma "mesada" a Kalil em troca da defesa de seus interesses junto ao governo após a eleição de Lula, em 2022. Essa suspeita é baseada em anotações, conversas extraídas de celular e quebra de sigilo bancário.

Além de Carla e Kalil, André Mariano foi alvo de mandado de prisão. Procuradas pela reportagem, as defesas não se manifestaram.

Terra

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