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Política

Bolsonaro, Lula, Collor e Temer: os quatro ex-presidentes que foram presos desde a redemocratização

Desde a redemocratização, dois ex-presidentes estão presos e um morreu (Itamar Franco). José Sarney, Fernando Henrique, Lula, Temer e Dilma Rousseff estão livres.

Por Redação

12/09/2025 às 07:17 | Atualizado em 12/09/2025 às 07:17

Os presidentes brasileiros que foram presos após a redemocratização - Sergio Lima / AFP, Ricardo Stuckert/Presidência da República, Cristiano Mariz/Agência O Globo e Edilson Dantas/O Globo

Os presidentes brasileiros que foram presos após a redemocratização (Foto: Sergio Lima / AFP, Ricardo Stuckert/Presidência da República, Cristiano Mariz/Agência O Globo e Edilson Dantas/O Globo)

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação da trama golpista, Jair Bolsonaro é o quarto ex-presidente a ser detido desde a redemocratização do país, há 40 anos. Além de Bolsonaro, já foram presos o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Michel Temer e Fernando Collor de Mello, que em diferentes contextos responderam a ações relativas a corrupção. Todos foram detidos em momentos em que não ocupavam a Presidência.

A exemplo de Bolsonaro, Collor também está em prisão domiciliar. Assim, dos oito presidentes do país desde a redemocratização, dois estão presos e um morreu (Itamar Franco). José Sarney, Fernando Henrique, Lula, Temer e Dilma Rousseff estão livres.

Bolsonaro segue sendo o primeiro ex-presidente condenado por participar de uma tentativa de golpe de Estado. Foi culpado por cinco crimes, entre os quais tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele foi preso por descumprir medidas cautelares.

Lula foi preso em abril de 2018 no âmbito da Lava-Jato, logo após o STF negar, por 6 votos a 5, habeas corpus preventivo pedido pela defesa. O então ex-presidente já havia sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá. Lula se entregou à Polícia Federal em Curitiba e permaneceu preso por 580 dias, até novembro de 2019, quando o STF alterou o entendimento sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Dois anos depois, a Corte anulou as condenações.

Já Temer teve a prisão preventiva decretada quase três meses após transmitir a Presidência a Bolsonaro, também no âmbito da Lava-Jato. A prisão foi lastreada em investigações que apontavam suspeitas de corrupção em contratos da Eletronuclear. Temer foi acusado de chefiar uma organização criminosa que teria recebido R$ 1,091 milhão em propina nas obras da usina nuclear Angra 3, o que ele sempre negou. Temer foi detido na Operação Descontaminação e foi solto quatro dias depois. Em maio de 2019, voltou a ser preso e libertado quatro dias depois. Em 2022, foi absolvido.

O terceiro foi Fernando Collor, eleito em 1989 na primeira eleição direta após o fim da ditadura militar. Collor foi preso em abril deste ano, depois de o STF determinar o início do cumprimento da pena de oito anos e dez meses a que o expresidente fora condenado em 2023, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O Globo

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