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Brasil

Luciano Huck faz discurso sobre megaoperação no Rio: 'Mães enterraram seus filhos'

Apresentador destacou a falta de oportunidades para os moradores das comunidades.

Por Redação

03/11/2025 às 07:43

Luciano Huck falou sobre a megaoperação na Zona Norte do Rio - Reprodução de Vídeo

Luciano Huck falou sobre a megaoperação na Zona Norte do Rio (Foto: Reprodução de Vídeo)

Luciano Huck usou o encerramento do "Domingão" para comentar a megaoperação realizada nos complexos da Penha e Alemão, na Zona Norte do Rio, na última terça-feira (28). O apresentador começou falando que, apesar de ter nascido em São Paulo, escolheu a cidade para morar e criar os filhos com Angélica. Vídeo.

"É uma tristeza ver o mesmo modelo de segurança pública se repetir há décadas sem nenhum resultado. Quantas vezes eu já não parei um programa de televisão aqui na TV Globo para falar desse assunto? 120 mortos numa operação policial no complexo do Alemão e da Penha. Por trás desse número, tem 120 mães que enterraram seus filhos", iniciou a fala.

O apresentador destacou que esse não é o futuro que as mães imaginavam para seus filhos: a morte por envolvimento com o crime. "Você acha que com isso que elas sonharam quando essas crianças eram pequenas e corriam ali pelas vielas? Claro que não. É preciso combater o narcotráfico com força total, coordenar ações entre todos os níveis de poder: municipal, estadual e federal. É preciso sufocar a parte financeira das organizações criminosas, das milícias, do tráfico e por aí vai", disse ele.

Luciano Huck falou sobre a importância de oferecer novas perspectiva para quem mora em comunidades e ara evitar que "outro poder" ocupe esse lugar. "Vale lembrar que a enorme maioria da população carioca vive nesses cantos da cidade e é também refém dessa violência. Não compactuam, não pertencem. A violência urbana é a maior dor do Brasil, sem a menor dúvida, atualmente. E quem lucra de verdade com a criminalidade não está no complexo do Alemão, nem na Penha. Aqueles fuzis, aqueles drones, aquelas armas de guerra não foram fabricados ali e não chegaram ali sozinhos."

Por fim, o marido de Angélica enviou um recado para os familiares dos quatro policiais que perderam a vida na megaoperação. "Eu nunca escondi a minha posição pública de apoio à boa polícia, aquela formada por profissionais bem treinados, respeitados pela corporação e pela população. Eu acredito na polícia pelos seus melhores exemplos e não pelas suas exceções. [...] Eu espero que no futuro a gente não precise mais falar sobre isso desta forma. Nós, brasileiros, queremos paz e segurança", concluiu.

O Dia

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