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Paraíba

Homem apontado como autor de feminicídio no Sertão é preso quase um ano após pedido de prisão da Polícia Civil

Polícia Civil pediu a prisão do indiciado em 10 de setembro de 2024. Nesta segunda-feira (8), Justiça acatou o pedido.

Por Redação

10/09/2025 às 15:34 | Atualizado em 10/09/2025 às 16:19

Ianny Marry, morta em Cajazeiras, tinha 28 anos — Foto: Arquivo pessoal

Foi preso na tarde desta terça-feira (9) David Arayam de Lima Braga, indiciado pela morte de Ianny Marry Barreto Lira, jovem de 28 anos que foi encontrada morta no dia 15 de outubro de 2023, em Cajazeiras no Sertão da Paraíba. Ele foi preso na cidade de Sousa e foi encaminhado para Cajazeiras, onde passará por audiência de custódia nesta quarta-feira (10).

A prisão foi decretada pela Justiça na segunda-feira (8), quase um ano após o pedido da Polícia Civil, por meio da delegada Ana Valdenice Praxedes, no dia 10 de setembro de 2024. A defesa de David Arrayam informou à TV Paraíba que ele se apresentou voluntariamente à polícia.

O advogado Ítalo Estevam também contestou a prova do material genético de David Arrayam encontrado nas unhas de Ianny Marry, comprovado por exame de DNA. Segundo o advogado, a vítima e o indiciado tiveram um encontro amoroso horas antes do crime, por isso o material genético foi encontrado, no entanto, ele nega que tenha matado Ianny.

"A principal prova apresentada pela acusação é um exame de DNA em que constatou-se que nas unhas da jovem teria um material genético de David. Todavia, esta prova está comprometida, tendo em vista que a investigação também demonstrou, através da extração de dados do celular da vítima, que, no mesmo dia, momentos antes, ela se encontrou com David em sua residência e lá tiveram um encontro como casal".

O g1 teve acesso ao inquérito do caso. Segundo as investigações, Ianny Marry foi morta por asfixia dentro da própria residência, no bairro Sol Nascente, na Zona Norte de Cajazeiras.

Um exame comprovou que um material genético encontrado nas unhas de Ianny Marry é de David Arrayam de Lima Braga. Além do teste genético, a Polícia Civil analisou as mensagens no celular de Ianny Marry e, com isso, foi feita uma linha do tempo do caso.

A defesa de David Arrayam

Em 2024, enquanto era investigado pelo caso, o indiciado chegou a se candidatar a vereador nas eleições municipais de Cajazeiras, mas não foi eleito.

Relembre o caso

Ianny Marry foi encontrada morta dentro de casa, pela ex-sogra, com sinais de asfixia, um pano na boca e as mãos amarradas. Como na residência não havia sinais de arrombamento, a Polícia Civil entendeu que o autor do crime era conhecido da jovem, pois teria entrado no local com o consentimento dela.

Conforme consta no inquérito, o homem indiciado se relacionava com Ianny. Os dois estiveram juntos no dia 13 de outubro de 2023, mas se desentenderam.

Segundo análises de mensagens, a vítima estava planejando viajar para trabalhar em Portugal. Além disso, seu ex-marido, Danilo, que estava viajando, voltaria em breve para a cidade e, de acordo com o texto do inquérito, Ianny estava avaliando uma possibilidade de reatarem o relacionamento.

O indiciado relatou ter sentimentos por Ianny Marry. Portanto, o desentendimento entre os dois teria acontecido por ciúmes e pela possibilidade da viagem.

G1

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