Brasil
Filha de ministro do STF é xingada e leva cusparada em universidade
Episódio ocorreu na manhã da última sexta-feira (12) com a filha de Edson Fachin. Ela foi chamada de “lixo comunista”.
Por Redação
15/09/2025 às 14:54 | Atualizado em 15/09/2025 às 15:42
A filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, Melina Fachin, foi alvo de agressões verbais e de uma cusparada no campus da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na última sexta-feira (12).
De acordo com o esposo de Melina, o advogado Marcos Gonçalves, o episódio ocorreu no final da manhã. O companheiro da filha de Fachin afirmou que um homem branco, sem se identificar, aproximou-se e desferiu uma cusparada, xingando-a de “lixo comunista”.
Melina é professora e diretora da Faculdade de Direito da UFPR. “Esta violência é fruto da irresponsabilidade e da vilania de todos aqueles que se alinharam com o discurso de ódio propalado desde o esgoto do radicalismo de extrema direita, que pretende eliminar tudo que lhe é distinto”, escreveu Gonçalves em nota divulgada nas redes sociais.
Em nota, a OAB disse que: “A entidade repudia veementemente o episódio, que afronta valores essenciais da vida democrática. A democracia exige o respeito às liberdades, ao pluralismo e à convivência pacífica, sobretudo no espaço acadêmico, que deve ser preservado como ambiente de diálogo e de construção do conhecimento — jamais como palco para violência, intolerância ou tentativas de silenciamento”.
O Metrópoles tenta contato com a Melina Fachin e com a Universidade, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.
Episódios recentes
Na última terça-feira (9/9), outro episódio resultou em confusão na UFPR. Um grupo de estudantes da universidade bloqueou o acesso ao prédio do campus de direito durante o evento “O STF e a interpretação constitucional”. A palestra contaria com a participação do vereador de Curitiba Guilherme Kilter (Novo) e do advogado e bolsonarista Jeffrey Chiquini.
O evento gerou questionamentos e manifestações contrárias. Parte dos universitários o classificou como “antidemocrático”.
“Conforme vídeos, um grupo com os palestrantes forçou a entrada, empurrando o vice-diretor do setor, o que desencadeou uma série de reações que culminaram em uma resposta desproporcional das forças de segurança pública em relação à comunidade que se manifestava”, disse a UFPR à época.
Metrópoles
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